Puerto Madryn é a porta de entrada à Península Valdés, um santuário ecológico no sul do Atlântico.
Foi fundada em 1865 com a chegada de galeses que saíram da Grã-Bretanha fugindo das imposições e restrições feitas pela coroa inglesa ao País de Gales.
O nome da cidade é uma homenagem ao galês Loves Jones Parry, o Barão de Madryn, originário da terra natal dos fundadores de Puerto Madryn.
Antes de chegar a Puerto Madryn, tem a entrada para a Península Valdez, mas como este passeio requer , no mínimo um dia interio, fomos direto para Puerto encontrar alojamento.
Península Valdez fica a cerca de 100 km de Puerto Madryn.
Ficamos no Hotel Carrerra(180 pesos) e saimos para conhecer a cidade.
Cidade com ares de cidade litorânea européia, muito limpa, com belas casas, vários barzinhos à beira-mar e ponto para a avistagem de baleias, que de agosto até novembro vão lá para terem seus filhotes.
A cidade de Puerto Madryn, além do importante porto, é o principal ponto de partida na província argentina de Chubut para a Patagônia norte, de onde a maior parte dos tours saem para visitar a Península Valdés
Há saída para os passeios todos os dias, mesmo em baixa temporada.
O número mínimo de passageiros por tour é geralmente quatro pessoas, mas as agências se comunicam entre si, para juntar seus clientes, viabilizando, assim, saídas diárias.
Após o passeio pela cidade, fomos ao Ecocentro.
O
Ecocentro é um pequeno museu do mar, muito caprichado e simpático, localizado no topo de um penhasco no final da praia de Puerto Madryn.
Há ônibus que fazem o traslado até o Ecocentro de graça para os turistas, saindo do escritório de informações turísticas da cidade na beira-mar.
O Ecocentro - http://www.ecocentro.org.ar/- se dedica a explicar um pouco da biologia e dinâmica das espécies marinhas que moram e/ou visitam a Península Valdés e adjacências.
Como estávamos de carro, fizemos tudo sozinhos mesmo.
A localização privilegiada do Ecocentro permite boas horas de distração e relaxamento, olhando para infinito.
O ingresso é meio salgado( não me lembro agora quanto foi) e fica aberto dás 10 ás 19 horas , todos os dias.
Para chegar até lá é facil, é só ir pela avenida Alte. Brown a beira-mar, passando pelo monumento ao Indio Tehuelche e virar a primeira rua a direita.
A Patagônia é uma grande planície de vegetação rasteira, um estepe e o o relevo plano continua embaixo d'água, mantendo a profundidade máxima de 100m até as Malvinas, a 500 km da costa - e essa é a principal razão hoje pela qual a Argentina reclama na ONU as Malvinas para si: ela é a continuação de sua plataforma continental pouquíssimamente inclinada; onde a plataforma finalmente termina.
É a maior planície submarina do hemisfério sul do planeta, e muito rasa para tamanha distância da costa.
O Ecocentro é dedicado à informação sobre as espécies da região, principalmente as ameaçadas de extinção, como baleias e pinguins.
Você vai ouvir (e entender a diferença de frequência) entre o canto de uma jubarte, uma baleia franca e uma orca.
Vai se surpreender com o incrível ciclo de reloginho dos pinguins de Magalhães, que todo ano saem e voltam na mesma época para a Patagônia.
Vai sentir levemente como é se alimentar de krill, ao visitar a sala da
baleia franca, que possui uma cortina de cordas na entrada que simula as cerdas filtradoras da boca da baleia.
É lúdico e interessante você ter que ser "engolido" pela baleia para aprender sobre ela.
Há ainda uma grande parte da exposição dedicada à conservação dos mares e da fauna marinha da Patagônia.
Quadros ilustrativos da "cidade" pesqueira que existe em plena zona de convergência das 2 correntes marinhas que ali se encontram, a das Malvinas (fria) e a do Brasil (quente), que se movimentam à velocidade de 20 cm/seg, movimentando cerca de 70 bilhões de litros de água do mar por segundo na altura da Península Valdés e trazendo próximo da superfície cerca de 80 espécies diferentes de zooplâncton crustáceo.
Tanta riqueza de krill obviamente atrai animais maiores, o que faz a festa da indústria pesqeira.
Embora seja proibido pescar na região da Península Valdés, a pesca é liberada em mar aberto, e o resultado é essa cidade iluminada, um símbolo da predação humana exagerada.(fonte: Dra. Lucia Malla)
A entrada para a sala da baleia franca simula as cerdas filtradoras do animal, e faz você literalmente ser "engolido" para o aprendizado sobre o bicho. Ao lado, tem uma foto de satélite tirada à noite do mar da Patagônia mostrando a intensa atividade pesqueira na área de convergência das correntes marinhas, onde os nutrientes se acumulam.A seta vermelha indica as ilhas Malvinas, mas todo o branco que aparece logo acima em mar aberto são as luzes dos barcos pesqueiros na região - é mais intenso do que a cidade de Puerto Madryn toda! Tem também uma cafeteria que fica num local privilegiado do prédio, com vista para o mar pacatíssimo do Golfo Nuevo.
Serve-se um bolo galês fantástico ali, e se você não for visitar Gaiman, a cidade galesa a 100km de Puerto Madryn, essa é sua oportunidade para apreciar a iguaria típica. Depois de curtir o café, o bolo e a vista, você pode dar uma caminhada até a borda do penhasco, e descansar sentindo o vento forte que bate por ali e apreciando o mar azul.(fonte: Dra. Lucia Malla)