domingo, 29 de março de 2009

Colônia do Sacramento

"La puerta estas siempre abierta, entre sin  fiama  "


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A porta está sempre aberta, entre sem bater  é o lema deste pequena  cidade com cerca  de 20 mil habitantes.


Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade ela recebe diariamente turistas do mundo todo, principalmente vindo de Buenos Aires, chegando pela manhã e retornado à tarde   pelo Buquebus.


Quando chegamos a Colônia já notamos sua semelhança com as cidades brasileiras, principalmente Paraty.


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Isto porque ela foi colonizada pelos portugueses e não pelos espanhóis como Montevideo.
Colônia do Sacramento é a cidade mais antiga do Uruguai e foi fundada pelo português Dom Manuel Lobo para fazer frente aos espanhóis que então dominavam Buenos Aires.


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Por sua localização estratégica, foi um dos principais alvos das batalhas protagonizadas por Portugal e Espanha ao longo do século 17, quando disputavam a divisão das terras do Novo Mundo.


Após diversos conflitos pela posse do local, finalmente um acordo foi firmado em 1750, no qual Portugal entregava a disputada Colônia para a Espanha. Mesmo assim, missionários jesuítas discordaram do pacto, permanecendo ali até 1762, quando os espanhóis enfim tomaram o lugar.


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A arquitetura colonial que restou caracteriza uma fisionomia distinta e única no país: ruas estreitas de pedra iluminadas por antigos lampiões (conhecidos como faróis), casas cobertas com telhas de barro e decoradas com tradicionais azulejos lusitanos, que testemunham uma história de mais de 300 anos.


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Está localizada a 180 Km de Montevideo e a 50 Km de Buenos Aires.


Diversos mirantes ao longo das margens do rio possibilitam excelentes vistas.


O Puerto, de Yates, na margem oposta ao Bairro Histórico, é uma construção atual, mas merece uma visita.


Os museus, por sua vez, são riquíssimos, com ingresso único, bem baratinho: 10 pesos, vendido no Museu Municipal. Além deste, permite visitar todos os demais museus: do Azulejo, Espanhol, Português, Indígena, Casa Nacarello e Arquivo Regional.
Mas há um detalhe: tem de ser tudo no mesmo dia, que é o período em que vale o ingresso. Todos estão abertos diariamente das 11h30-17h45, exceto às quartas, mas os horários não são cumpridos à risca, às vezes abrindo mais tarde.


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O melhor passeio de Colônia é andar à pé  mesmo, calmamente e aproveitando cada instante deste lugar.


O ponto de partida do Bairro Histórico é a Puerta de Campo, inaugurada em 1745.


Ao cruzar este pequeno arco de pedra, o viajante pode chegar ao Rio da Prata seguindo pelo agradável Paseo de San Miguel, ou se perder pelas ruelas históricas.


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A mais famosa delas é a pedregosa e estreita Calle  los Suspiros, onde erguem-se algumas das casas mais antigas da cidade.


Na Plaza Mayor, a poucas quadras dali, estão o Farol de Colonia, as ruínas do antigo Convento de San Francisco e alguns dos principais museus locais.


Na área, também se encontra a Iglesia Matriz de Colonia, a mais antiga do país, que começou a ser erguida em 1680.


Ao longo das margens do rio, há diversos bastiones - antigas fortificações da época colonial que fizeram parte da muralha defensiva da cidade, usados para vigiar o rio e prevenir ataques de Buenos Aires.


O Bastion del Carmen é um privilegiado mirante ao final da Calle Rivadávia. Outros bastiones da cidade são os de San Miguel, San Juan, Santa Rita, de la Bandera, de San Pedro, que hoje não passam de ruínas, com apenas restos de um ou outro canhão.


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A Casa Nacarello em frente à Plaza Mayor, esta casa de paredes de pedra, construída por portugueses no século 18, foi restaurada e decorada para mostrar, com réplicas de mobiliário, como se vivia durante a época colonial.


O resultado é um efeito tipo "túnel do tempo", transportando você para 300 anos atrás.


Como ficamos apenas uma dia em Colonia não deu para ver tudo, mas aqui vai um pequeno relato para quem ficar mais dias por lá ou pegar chuva e ter que fazer um roteiro "mais fechado".


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O Arquivo Regional C. Missiones de los Tapes,funciona numa casa portuguesa de 1750, reformada na época espanhola, que ainda mantém algumas paredes, janelas e portas originais. Guarda farto material documental de Colônia, a maioria em forma de fotocópias extraídas de arquivos da Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Brasil e Argentina, além do Uruguai. Também tem mapas da cidade em diversas épocas, aquarelas e arquivo policial da segunda metade do século 19.


O Museu Espanhol -  C. de San José, esquina C. de Espanha., era uma casa, hoje transformada em museu, construída na primeira metade do século 18, conserva paredes, pisos,aberturas e parte dos tetos originais.


Seu interior guarda documentos e outras lembranças da ocupação espanhola, como moveis, ceramicas, réplicas de vestimentas, coleção de moedas e pratos com os escudos dos reinados.


O Museu Indígena C. del Comércio, esquina C. del Colégio é uma coleção privada do pesquisador Roberto Banchero, formada por materiais encontrados na região que pertencia aos índios Charruas, que ali viveram antes de 1680, como boleadeiras, facas, raspadores, pontas de flechas e urnas fúnebres. , em frente à Plaza Mayor. 0 andar inferior desta construção portuguesa do século 18 foi modificado em 1801, e o segundo piso é da época espanhola. No total são 12 salas. A Sala de Arqueologia exibe artefatos de caça fabricados e utilizados pelos nativos, como boleadoras (par de bolas de pedra presas por uma corda, para capturar animais pelo pescoço), rompe-cabezas (arma de pedra em forma de triângulo, feita para matar os animais com golpes na nuca), pontas de flechas e o melhor da cerâmica indígena encontrado na região. Documentos da história da cidade, uma maquete de 1762, objetos religiosos e armas completam a coleção. Também há móveis e utensílios que pertenceram à Plaza de Toros e ao hotel cassino de Real de San Carlos.


Museu Português, em frente à Plaza Mayor  -   Construção portuguesa de 1720 com muros de pedra de mais de um metro de espessura, paredes exteriores e alguns pisos originais. Destacam-se móveis e cerâmicas do século 18, trazidos de Lisboa, e armas utilizadas por portugueses e espanhóis. No porão, a Sala dos Descobrimentos reconstitui a história das conquistas portuguesas. Também faz parte do acervo o escudo português que pertenceu ao pórtico da cidade, inaugurado em 1745 por Dom João V, mas que foi retirado em 1777 por ordem do rei da Espanha, Dom Carlos III. gal


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A Igreja Matriz C. Vasconcellos, entre a General Flores e a Plaza de Armas é a igreja mais antiga do país começou a ser erguida em 1680.


Sofreu sucessivas destruições e reconstituições ao longo dos séculos, conservando atualmente apenas poucas pedras originais, de 1695. Apesar de ser bastante antiga, a igreja foi tão descaracterizada que hoje é praticamente uma construção contemporânea, não sendo exatamente interessante.


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O principal passeio é andar à pé mesmo pelas ruas com suas construções históricas e o melhor programa é ficar tomando um clericot  na calçada dos barzinhos da cidade observando a paisagem e as pessoas.


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sábado, 28 de março de 2009

Piriápolis

Você já foi a Piriápolis?  Nãooo... então vá.

Fica no litoral do Uruguai, pertinho de Punta de Leste ,   cidade  tranquila e com preços ótimos.

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Lembra muito  a cidade de Nice na França. Ela tem um ar de anos 50, bem conservados.


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Antes de chegar em Piriápolis passamos na Casapueblo, mas infelizmente o horário de visitação estava acabando e só pudemos visitá-la por fora. Fica para a próxima....

Também para a próxima , no meu sonho de consumo, vou querer me hospedar no Hotel Argentino

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 O Argentino Hotel é cassino, spa, resort, etc, etc.

Foi construído em 1930 e possui vitrais lindos no hall.


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                                       Se passarem por lá, entrem para conhecer, irão adorar.



La Paloma

lapalomaplacaCamino a La Paloma

Jorge Drexler

Composição: Jorge Drexler

Hay una parte de mí que va
camino a La Paloma.
Por un recuerdo de campo y mar,
camino a La Paloma.

Conozco esa carretera
como a tu cuerpo en la oscuridad,
porque solo conozco de veras
lo que una vez tuve que añorar

Alguna parte de mí será
arena de su arena.
Y hay una luna que solo es luna
si es La Paloma y luna llena.

Añoro esa lejanía
como a mi propia felicidad.
(Aunque a veces se añora en la vida
algo que nunca llegó a pasar.)
La pena me está buscando
como una niebla que se asoma,
y yo ya no estoy aquí,
yo voy camino a La Paloma.