sábado, 19 de setembro de 2009

AURORA BOREAL

aurora-boreal

Um dos meus sonhos é ver uma aurora boreal.

Quando era pequena achava que o sol de meia noite e aurora boreal eram a mesma coisa.

auroraboreal4 A Aurora Boreal é um fenômeno muito distinto do Sol da Meia-noite, embora ambos estes  espetaculares fenômenos naturais sejam visíveis apenas nos céus do Norte.

Na Lapônia, a Aurora Boreal ocorre 200 dias por ano, embora não seja sempre visível e nunca o seja durante a época do Sol de Meia-noite (no Verão).

A aurora boreal foi assim denominada pela primeira vez por Galileu Galilei, que  deu este nome  em honra da deusa do amanhecer, a deusa Aurora e do titã Boreas, que representava os ventos.
A aurora, pode ser chamada de boreal ou austral caso aconteça no Polo Norte ou no Polo Sul.

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Este fenômeno ocorre devido ao choque entre o vento solar e os átomos que constituem a nossa atmosfera, mais concretamente, o oxigênio e o nitrogênio.

Quanto mais intenso é o magnetismo terrestre, maior a aceleração das partículas e maior o impacto, logo maior é a aurora (uma vez que as zonas com o magnetismo mais forte são precisamente os polos, é natural que seja aí que ocorram estes fenômenos).

Como estes choques produzem radiações em diferentes comprimentos de onda, originam assim as diferentes cores que nós podemos observar.(Dados extraídos da Wikipédia).

auroraboreal3A aurora boreal pode observar-se também na Europa, nos países mais a Norte como na Finlândia , Noruega, ou ainda na Nova Zelândia e na Austrália.

Pode-se reproduzir uma aurora boreal em laboratório, artificialmente, obrigando os átomos a chocarem uns contra os outros. Esta experiência já foi realizada diversas vezes.

aurora boreal5

As auroras podem se extender por mais de 2000km e ter diferentes formas: podem assumir a forma de um arco luminoso, de uma faixa, de um véu ou ainda de uma mancha.
Acontecem sempre por volta dos 100km de altitude.
Ocorrem geralmente ente Setembro e Outubro ou de Março a Abril.

Ao contrário da água em estado líquido, a aurora não é algo que ocorra exclusivamente na Terra.

Podemos observar auroras em Júpiter, Saturno, Marte e Vênus.

Na imagem abaixo podemos observar uma aurora em Júpiter.

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Os asiáticos acreditam que quem tenha visto a Aurora Boreal viverá feliz o resto da sua vida.

Especialmente, acredita-se que seja uma fonte de fertilidade.

Abaixo transcrevo um post da jornalista Claudia Carmello :

É tempo de ver a Aurora Boreal

Essas luzes coloridas que ficam dançando no céu negro rolam em vários países do norte, de setembro a abril. É preciso ir longe, mas nem tanto. Canadá, Escandinávia, Rússia, todos têm as Luzes do Norte.

Não tem muito como prever em que noite ela vai acontecer - o que gera uma ansiedade louca nos turistas -, mas noite de muito frio, céu bem preto e sem nuvens é um bom sinal. Perto da meia-noite é o horário.

Parece mágica, mas é só um fenômeno ótico. É como um “choque” no céu. Uma colisão do campo magnético da Terra com partículas elétricas vindas dos ventos solares. Em resumo: se quem tomar o choque forem as partículas de oxigênio, o céu fica verde. Se forem de nitrogênio, vermelho/lilás. As luzes dançam porque… são luzes – pense na chama de uma vela. É mais ou menos isso.

auroraboreal1Vai passar o ano novo num país do norte?

Então descubra a latitude e longitude do lugar – o Google Earth faz isso –, e coloque-as nesse site :- http://sprg.ssl.berkeley.edu/htbin/forecast/AuroralKp.pl da Universidade de Berkeley, que faz uma espécie de previsão meteorológica do fenômeno.Você põe lá as coordenadas, e ele te diz se você tem ou não chance de ver a Aurora, e se é pra olhar o céu pro Norte ou pro Sul.

Deu vontade? Preparei  uma listinha dos lugares mais legais pra ver essa mágica (ainda é tempo de se planejar, na verdade: de fevereiro a abril ela é até mais freqüente):




1- Groenlândia
A capital, Nuuk, no sudoeste, é um bom lugar. Uma lenda do povo nativo, os Inuits, diz que quando as luzes dançam no céu é porque os mortos estão jogando futebol com crânios de morsa. (Hahahahaha, muito bom!). Ainda hoje algumas tribos de lá acham que a criança que nasce numa noite dessas vai ser um ás da inteligência.


2- Islândia
A terra da Björk (nesse caso, eu não acredito em coincidência) é toda esquisita – tem, não só a Aurora, mas terremoto, vulcões ativos, gêiseres, campos e até praias de lava preta. Tem tanta coisa pra ver lá que mesmo se você não conseguir ver as luzes, não vai sair aborrecido – mas na capital, Reykjavík, elas acontecem, sim.

3- Alasca
A província do Interior, bem no meio do Alasca, onde fica Fairbanks, a maior cidade, e o pico mais alto da América do Norte, o Mt. McKinley (6194 metros), é o melhor lugar pra ver a Aurora.

4- Canadá
Nos estados do extremo norte, seja a leste, em Nunavut, ou no oeste, em Yukon, dá pra ver as Luzes do Norte em muito lugar. Mas cuidado que o Canadá vai mais longe do que você pensa – em lugares como Pond Inlet, lá no finzão do país, não dá pra ver Aurora, não. A cidade tá tão no norte, que até já passou do cinturão magnético.

5- Finlândia
Na Lapônia, no norte do país, a Aurora chega a aparecer até 200 vezes por ano. Se não agüentar tanto frio, dá pra vê-la até na capital, Helsinki, em áreas menos iluminadas – mas só umas 20 noites.

auroraboareal2

Olhe este video fantástico  que um passageiro de avião fez durante as 11 horas de voo de São Francisco a Paris , com a câmera digital.

[vimeo 21822029 w=400 h=225]

SF to Paris in Two Minutes from Beep Show on Vimeo.




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As 10 melhores classes econômicas do mundo

Eu já viajei de primeira classe uma vez, ou melhor foram duas, uma pela Aeroméxico que não conta muito, porque nos idos de 1995 ela já cobrava a bebida na classe econômica e outra pela Lan Chile , esta sim valeu a pena, embora fosse um voo curto de SP-Santiago e isto  porque pegamos um overbooking  (antes da crise aerea) e cedemos nossos lugares embarcando em outro voo mais tarde.

Fora isso, sempre que preciso viajar é classe econômica mesmo, e aliás, uma classe econômica cada vez mais apertada.

A pior foi da Ibéria em um voo SP-Madrid na ultima cadeira que não reclinava, perto do banheiro...

Entretanto, nem toda companhia aérea são iguais, óbvio, o site Geek do About.com, reuniu uma coleção com imagens das 10 melhores classes econômicas do mundo, e vale uma curiosidade, entre eles, está a Jet Blue, uma gigante norte americana das tarifas baratas (do mesmo fundador da nossa Azul,

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Virgin America



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EMIRATES



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SINGAPORE AIRLINES



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JET BLUE



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VIRGIN ATLANTIC


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QANTAS



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Cathay Pacifc

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British Airways

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JAPAN AIRLINES

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Mordomia na primeira classe



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As novas cadeiras da Swiss First podem ser transformadas de diversas maneiras indo ao encontro das preferências individuais de cada passageiro”, refere a Swiss, argumentando que “o ambiente espaçoso e as paredes laterais ajustáveis oferecem grande privacidade” aos passageiros.

A nova cadeira é totalmente reclinável, podendo mesmo ser transformada numa cama com mais de dois metros. Para maior conforto, o assento está equipado com edredão, incorporando ainda uma inovadora almofada pneumática, que pode ser ajustada de acordo com as preferências individuais.

Mas para além da cadeira, a classe First da Swiss dispõe também de novas telas de 23 polegadas, as maiores que atualmente equipam aviões comerciais, apresentando ainda uma renovada decoração, com os mesmos elementos de design e esquemas de cor que apresentam os novos Swiss Lounges.

SINDROME DA CLASSE ECÔNOMICA

cs52~Braniff-Airways-Manhattan-New-York-Posters

Os novos aviões, como o «Airbus A380 e o Boeing 777 LR, capazes de fazer viagens de até vinte horas,
aumentam o número de passageiros com uma condição de saúde frágil que podem sofrer mudanças fisiológicas associadas ao voo.

Airbus_A380

As viagens de avião estão se tornando cada vez mais comuns na rotina pessoal e profissional de boa parte da população.

E nos longos trajetos até o destino, o passageiro permanece muitas horas sentado e na mesma posição.

avion

Isso pode causar uma série de problemas graves relacionados à circulação sanguínea,

como as tromboses e embolias pulmonares.

Por isso, todo cuidado é pouco quando o assunto é a chamada “Síndrome da Classe

Econômica”, denominação que faz alusão às estreitas poltronas dos voos comerciais.

TROMBOSE

A trombose é um distúrbio de coagulação do sangue caracterizado pela formação de coágulo ou “trombo”.

Esse distúrbio pode ser completamente assintomático ou apresentar sinais como dor, inchaço, coloração vermelho-escura ou arroxeada no local e endurecimento da pele.

Mas o maior risco é que esse trombo se desprenda e chegue até os pulmões provocando entupimento de uma artéria, ou seja, embolia pulmonar, que é a causa de inúmeras mortes súbitas.
Entre os fatores de risco para a trombose, que incluem a terapia de reposição hormonal, o uso de anticoncepcionais, as varizes e o fumo, está a imobilidade causada por prolongados períodos de viagem de carro, ônibus ou avião

TROMBOSE2

É muito importante prevenir-se e as formas de prevenção são muito simples:

- Evite bebidas alcólicas antes e durante a viagem.

- Use roupas confortáveis.

- Faça o movimento de espreguiçar-se, entrelaçando os dedos das mãos e levando acima da cabeça.

- Movimente os pés para cima e para baixo e em movimento giratório.

- Sentado, pressione com as duas mãos a parte de trás da cabeça, fazendo com que o queixo fique próximo ou encoste no peito.

- Sentado, abaixe o tronco, segurando as pernas e elevando a parte central das costas.

Utilizar meias elásticas e medicamentos anticoagulantes. Mas especialmente neste último caso, é essencial que haja indicação precisa do especialista, pois o uso indiscriminado destes medicamentos pode trazer sérias consequências.

MEIAELASTICA

É muito importante lembrar que esta doença não ataca somente passageiros em um avião, mas existem fatores que agravam a situação dentro de um vôo, como o ar seco, que desidrata o corpo e faz com que o sangue fique mais viçoso.

A síndrome da classe econômica é também conhecida como "trombose venenosa".

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O ABISMO ENTRE AS CLASSES

firstclassaviaon

Meu sonho de consumo é viajar sem bagagem, só com a maleta de mão e de 1ª classe.

viagem - first class


A classe econômica a cada dia está pior.

Temos que lembrar ainda que ainda somos privilegiados  por  estarmos viajando de avião, mesmo na classe econômica.

Vários cronistas vêem destacando o abismo entre as classes.

Podemos viajar com um xeique pela Emirados:

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ou como estão tentando reduzir ainda mais os custos e o pouco conforto que nos resta,


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O futuro  da classe economica na aviação:Viajar em pé



Se a proposta vingar, as poltronas serão substituídas parcial ou totalmente por apoios verticais com cinto de segurança, um pequeno apoio para as costas e outro para a cabeça. Estes sustentadores verticais ocuparão 62 centímetros, contra os 77,5 centímetros dos assentos atuais da classe econômica.






Em um artigo recente J. Pinto Fernandes,  lançou uma campanha para rebelarmos.

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A econômica é o retrato acabado da desigualdade social do Brasil.

Pode ser até justo que quem pague mais fique nos melhores lugares, mas quem está falando de justiça? Estou falando de inveja, mesmo.

Vamos invadir o espaço da turma da frente.

Vamos tomar os martínis deles e comer os patês de foie gras.

Vamos derrubar o muro da vergonha e transformar o avião numa espécie de Suíça voadora, com alto índice de qualidade de vida para todo mundo.

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A rebelião só vai terminar quando o comissário dirigir um pedido de desculpas para nós:

“Peço perdão por tê-los ignorado e por ter fingido não ouvi-los quando vocês me chamavam.

Fiz isso porque vocês, da econômica, se sentavam na econômica. Mas vocês também são gente.

Eis o meu cartão. Quando quiserem um upgrade em qualquer vôo para qualquer lugar, é só falar comigo. Eu amo vocês”.

Conto com você, companheiro e companheira.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

As síndromes que acometem os turistas estrangeiros

Quando fui para Jerusalém, há muitos anos, encontrei pessoas com  síndrome e foi dito que os hospitais não comportavam mais  as pessoas , até que perceberam que se mandassem elas de volta ao seu país, logo a síndorme desaparecia.

blogolhar

Saiu no jornal francês Le Monde uma reportagem bem explicativa sobre as síndromes que  ocorrem com turistas.

Muitas pessoas achavam que isto era mito.

  • Martine Laronche


As viagens podem fazer alguém perder a cabeça?

A caneca arremessada sobre a Mona Lisa por uma visitante de origem russa, dia 2 de agosto, traz a questão à tona.

Protegido por um vidro blindado, o quadro não foi danificado.

A jovem, que segundo a polícia de Paris "não gozava plenamente de suas faculdades mentais", foi transferida para um hospital psiquiátrico.

A imprensa mencionou a síndrome de Stendhal, que atinge turistas emocionados pela beleza das obras de arte. Mas, nesse caso específico, a visitante já morava há vários anos na França.

Pyramid at Louvre Museum, Paris, France

A síndrome de Paris acomete japoneses que vão morar na capital e não conseguem se adaptar a seu novo contexto, deprimidos por uma cidade que não é como eles haviam idealizado.

blogjap

"Encontrei diversos pacientes nesse caso", conta a Dra. Guedj. "É uma síndrome que demora para se estabelecer. As pessoas se isolam, se fecham em seu quarto de hotel ou em seu apartamento".

A síndrome de Stendhal foi descrita, em 1990, em uma obra homônima por uma psiquiatra italiana, Dra. Graziella Magherini, que trabalhou no hospital Santa Maria Nuova, em Florença.

Ela recebia turistas chocados após visitarem a Galleria degli Uffizi, e formalizou um diagnóstico sob o nome de síndrome de Stendhal.

Os sintomas, que atacariam mais mulheres solteiras, com menos de 40 anos, que viajavam sozinhas, se manifestam sob forma de vertigem, perda do sentido de identidade, falta de ar, taquicardia, e até alucinações.

Em geral, os pacientes se recuperam ao deixar a cidade.
Florença+467
Esse conjunto de sintomas foi batizado com o nome do famoso escritor francês que descreveu um estado de intensa emoção em "Roma, Nápoles e Florença" (publicado em 1826), que sentiu quando saía da basílica de Santa Croce, em Florença.

"Cheguei a esse estado de emoção onde se encontram sensações celestes, proporcionadas pelas belas-artes e pelos sentimentos apaixonados. Ao sair da Santa Croce, meu coração batia rápido, senti-me esvair, eu andava com medo de cair", ele escreve.

Santa_Croce-Florence

O fenômeno permaneceu limitado e contido na cidade florentina. Graziella Magherini registrou uma centena de casos em Florença, entre 1980 e 1990.

botticelli_birth_of_venus

Diretora do Centro Psiquiátrico de Orientação e Acolhimento (CPOA) do hospital Sainte-Anne, em Paris, a Dra. Marie-Jeanne Guedj apresentou uma vez esse diagnóstico.

Tratava-se do caso de uma estudante que fez uma viagem com sua turma de escola para Florença. "Ela tinha medo de não estar à altura das obras de arte", ela lembra. "Ela desencadeou um estado de excitação.

Ficou superexcitada, não conseguia dormir". Quando voltou para Paris, sua crise terminou.

Junto com a síndrome de Stendhal, foram descritos outros estados de crise, depressão ou delírio ligados a viagens: a síndrome de Jerusalém atinge os turistas em peregrinação religiosa à Cidade Santa.

Ansiedade, stress, desejo de isolamento, obsessão por purificar o corpo, são suas principais manifestações.

A síndrome da Índia atinge os ocidentais.

Nesse país mítico, o choque cultural é tamanho que alguns perdem a cabeça.

Muito angustiados, eles podem ser tomados de delírio paranoico de perseguição.

Régis Airault, psiquiatra, trabalhou no consulado de Mumbai durante alguns anos.

Por diversas vezes ele repatriou franceses atingidos por esse delírio.

Em seu livro "Fous de l'Inde" ("Loucos pela Índia", 2000), ele menciona uma série de casos, como o da jovem que corria pelas ruas para abraçar as vacas sagradas durante uma viagem de dez dias com uma associação humanitária; ou o da mulher que foi recarregar as energias por alguns meses na Índia, e quase se afogou enquanto tentava ir para a França a nado, para reencontrar seus pais.

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"A viagem, como uma separação, uma mudança, pode causar um colapso nervoso nas pessoas", considera Régis Airault. "Essa desconexão física parece se produzir com mais facilidade em certos lugares carregados de sentido pela história e pela cultura de origem da pessoa".

Seria o eixo oriental - Florença, Jerusalém, Índia - para os ocidentais, Paris para os japoneses, Meca para os muçulmanos.

Poderiam as pessoas estar apresentando sinais premonitórios?

Estariam elas predispostas a desenvolver uma patologia mental? O assunto continua sendo controverso.

"Não necessariamente", garante o psiquiatra. "A viagem pode ser, em si, patogênica. Além disso, na maior parte do tempo, assim que as pessoas voltam para seu ambiente de origem, os problemas passam".

Essas síndromes são diferentes da viagem patológica. "Distinguimos as viagens organizadas por motivos razoáveis, nas quais acaba se desencadeando uma patologia mental como a síndrome de Stendhal ou de Paris, de viagens patológicas onde a viagem é impulsiva, não preparada ou faz parte do delírio do paciente", comenta a Dra. Guedj.

Youcef Mahmoudia, psiquiatra do hospital Hôtel-Dieu em Paris, recebe todos os anos cerca de 50 pessoas - estrangeiros ou pessoas do interior - atingidas por esses problemas.

Como o italiano que viajou a Paris para fugir da Máfia e se refugiou na delegacia de polícia; ou o belga perseguido pela KGB; ou ainda a japonesa que ouvia, de Tóquio, a voz da Virgem Maria, lhe ordenando que fosse à Catedral de Notre-Dame.

Mahmoudia não acredita que as viagens possam, sozinhas, desencadear episódios de delírio: "As pessoas pareciam normais, mas na verdade elas estavam em um processo de pré-delírio. Durante as consultas, encontramos uma sensação de excentricidade, de estranheza em relação ao mundo exterior, uma tristeza, um prévio sono perturbado e que são atribuídas a excesso de trabalho, ao fim de um relacionamento, a um luto ou à perda de um emprego".

Em todo caso, não se foge dos seus próprios demônios e é melhor viajar no melhor de sua forma do que acreditar que as viagens serão a solução para nosso mal-estar.