sábado, 23 de abril de 2011

BATALHA, FÁTIMA, TOMAR, COIMBRA E PEDRO DOS LEITÕES

Ainda  ficando em Alcobaça, partimos em um roteiro tipo "bate e volta" agora em direção ao interior de Portugal.




Próxima parada: Batalha, a 20 quilômetros, com acesso pela N-8, seguida da IC-2.

o Mosteiro ocupa, com toda a imponência manuelina, a praça principal da cidade.



No coração da cidade fica o espetacular Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Praça Mouzinho de Albuquerque, 351/244-765-497), erguido depois da vitória dos portugueses em Aljubarrota, pequena cidade a 3 quilômetros dali, em 1385.



O Mosteiro acolhe, ainda, o arquivo e o espólio vitralístico da oficina de Ricardo Leone.



Nos fundos ficam as capelas imperfeitas, oitavadas, nunca concluídas.

batalha

Uma breve visita a algumas lojas  de artesanato e  logo pegamos o carro que havíamos deixado no estacionamento ali ao lado do Mosteiro, novamente digo o preço é muito barato  comparado aos estacionamentos brasileiros.



Monumento nacional, integra a Lista do Patrimônio da Humanidade da UNESCO, desde 1983.

Seguimos para  Fátima, a exatos 19 quilômetros pela N-356.



Mesmo quem não é católico de carteirinha vai-se emocionar nesse que é um dos principais pontos de peregrinação religiosa do mundo desde a aparição de Nossa Senhora às três crianças, em 1917.

Erguido na Cova da Iria, a região exata onde aconteceu o milagre, o Santuário (351/249-539-600, santuário-fatima.pt) recebe cerca de 4 milhões de devotos todos os anos.



Ali, numa área duas vezes maior que a Praça de São Pedro, no Vaticano, há a pequenina Capela das Aparições e a grandiosa basílica, de 1953,que mede 70,5 metros de altura e 37 de largura, erguida com pedras da região e altares produzidos em mármore, onde estão enterrados os três pastorinhos.

No centro da igreja está a Torre do Sino, com 65 metros de altura e uma coroa de 7 mil quilos de bronze no topo.

A atração ainda abriga o Órgão da Basílica e a Capela de Lausperene, que conta com vitrais que reproduzem o maná no deserto e a Última Ceia.



É um local de peregrinação, muito organizado, com sanitários gratuitos e limpos.

Dali, fomos para Tomar,32 quilômetros adiante, pela N-113.



O Convento de Cristo  foi erguido no século 12 pela Ordem dos Templários, à qual pertenceu Pedro Álvares Cabral.



Sombrio, grandioso e rico em detalhes, tem como principal atração um oratório dourado e repleto de pinturas e afrescos, além de uma janela manuelina com motivos marítimos.

O Castelo de Tomar é tão especial que vou fazer o próximo post sobre ele

Como ainda havia tempo antes do dia terminar, visto que na época que fomos(junho)  escurecia após ás 20:30 hs, partimos para Coimbra

Sede da universidade mais antiga do país, Coimbra foi também o local de nascença de seis reis e a capital de Portugal entre 1139 e 1256.

É uma cidade repleta de estudantes que frequentam as suas universidades.

Foto:Copyright: Ana Dores (adores)

Depois de um rápido passeio , pois biblioteca da Universidade de Coimbra estava fechada :( , e como ainda não tínhamos almoçado "de verdade", só estávamos beliscando, resolvemos esticar até Mealhada - 150 quilômetros, para provar o famoso leitão.
Queríamos ir também  visitar o Palácio Hotel de Buçaco, que dizem  ter um chá da tarde muito bom, e conhecer a Floresta Nacional de Buçaco (cuja existência remonta ao século XI) que reúne centenas de espécies exóticas de árvores e arbustos; mas como tudo na vida, tivemos que fazer uma escolha  e optamos pelo leitão.

A cidade de Mealhada também é ponto de peregrinação - não de religosos, mas de gourmets  do mundo inteiro, em virtude da maneira de preparar um simples leitão.

A receita é básica: a carne é temperada com uma mistura de sal, alho e pimentas. Mas, dizem os especialistas, o segredo está na lenha, feita de videira.

Fomos no mais tradicional é o Pedro dos Leitões, que tem mais de 50 anos.

Que decepção! Nãos sei se pelo horário , (em torno dás 18:00 horas, muito tarde para o almoço e muito cedo para o jantar), mas o leitão estava frio.

Havia escutado e lido tantos elogios e estava com uma expectativa tão grande,não me conformei...

Comentei com a atendente que estava vindo de tão longe para provar o famoso leitão e ele estava frio, se por acaso  era costume eles comerem daquele jeito.

Ela falou que não, é que chegamos em troca de turnos e se esperassemos mais um pouco  provaríamos o legítimo leitão  do Pedro dos leitões.

Veio quente desta vez, mas ... o nosso leitãos mineiro á pururuca dá de 10 x 0.... Bem, pelo menos disto não sentiremos saudades .( e além de tudo, caríssimos)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

De Alcobaça á Óbidos e Nazaré de carro- Portugal

Como já havia dito, fizemos de Alcobaça nosso ponto de apoio para conhecer a região(dica da Mari):- Óbidos, Nazaré , Batalha, Coimbra, Tomar.

De Óbidos a Alcobaça são 33 km.



As distâncias não são longas, vj por exemplo:-

Lisboa - Batalha - 113 km autoestrada

Batalha - Alcobaça - 21 km

Alcobaça - Nazaré - 10 km

Nazaré - Obidos - 20 kms

Obidos - Mafra - 40 kms

Mafra - Lisboa - 40 Kms



Como sempre utilizamos estradas secundárias(sem pedágio) a distância era quase a mesma, porém a velocidade era bem menor , mas para nós era a ideal, porque dava para apreciar os lugarejos, o que não é possível nas autoestradas.



Óbidos foi um presente de Dom Dinis à sua mulher, Isabel de Aragão, no século 14.

É imperdível esta cidade medieval com seus casebres brancos  cercados por muralhas do tempo da ocupação dos mouros.

As flores fazem contraste com as paredes brancas das casas.



As casas caiadas de branco com barras coloridas, enfeitadas com flores, janelinhas com cortinas bordadas e rendadas, complementam com perfeição cada sobrado.



Os veículos são deixados no estacionamento, do lado de fora da muralha, não me lembro quanto pagamos, mas não foi caro.

O aqueduto que traz a água de Usseira, foi feito em 1513  por D. Manuel I e D. Catarina.

A cidade é conhecida pelos portugueses por “Vila das Rainhas” devido à tradição real de cada rei oferecê-la às suas rainhas como presente de casamento

Entrando pela  Rua Direita, vá em direção à Praça de Santa Maria, onde fica a igreja onde  Afonso V de 10 anos casou-se com a prima Isabel de 8.

Ali há praticamente duas ruas principais - uma para ir e outra para voltar, sempre a pé.



Caminhe pelas ruelas, visite as lojas de artesanato e não vá embora sem provar a "ginjinha com elas", um licor de ginja.

É um parente próximo da cereja Prunus avium, também conhecida como cereja-doce, mas o seu fruto é mais ácido.

A árvore é menor que a da cereja-doce, alcançando entre 4 a 10 metros de altura.

A cor do fruto varia entre o vermelho e o preto.



Uma curiosidade: Algumas variedades são utilizadas na produção de Kriek, um tipo de cerveja belga.

A Schaarbeekse krieken é uma dessas variedades, podendo ser encontrada na região de Bruxelas. "Kriek" significa  "ginja", no neerlandês flamengo falado na Bélgica

Tem várias portinhas na Rua Direita que  servem a bebida em copinhos de chocolate.

Saímos de Óbidos e seguimos para Nazaré, a  cidade das víuvas  vestidas de negro que ficam na Avenida á beira-mar.



Os dia estava lindo, com um sol a pino e temperatura em torno dos 23 º, mas como havia assistido na TV portuguesa que já havia morrido pessoas  com choque térmico ao tentar tomar banho de mar, fui me certificar se era mesmo tão gelado.

Aqui no Brasil o mar mais gelado que conheci foi em Torres, no Rio Grande do Sul, mas o de Nazaré  ganhou disparado, é muuuuuuito gelado.



Foi um passeio tranquilo, slow travel,  de um dia inteiro e depois retornamos ao "nosso"  hotel em Alcobaça.