segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

PUNTA TOMBO

Como decidimos ir para Ushuaia, resolvemos partir o quanto antes e deixar para ver a Peninsula Valdez na volta,  já que teríamos que "voltar" 100 km.



Estrada boa ,  um pouco mais movimentada, com uma pequena parte de ripio.

Fomos pela  Ruta Provincial Nº 3 (asfaltada), com direção a  Rawson, passando 70 km de Trelew, pegamos no trevo a  Ruta Provincial Nº 1, de ripio.

Indo para o Sul, andamos mais uns 107  km.



Este é um passeio imperdível para quem gosta de animais, principalmente de pinguins.

Na pinguinera em Punta Arenas já gostamos, em Punta Tombo adoramos.

O ingresso é diferenciado para argentinos, moradores do mercosul(nós) e os outros.

Na época que fomos (novembro) os filhotes estavam nascendo, muito lindos



Punta Tombo é a  maior colonia de pinguins magalhanicos do mundo e uma das de mais fácil acesso.

São milhares de pinguins e outros animais que ali convivem na reserva.



Podemos caminhar entre eles, ver seus ninhos, como vivem, ver os ovos e filhotes nos arbustos, ouvir os estranhos sons que emitem, sua marcha para o mar em fila indiana, porém somente ver, NUNCA TOCAR EM NADA.

PENSE QUE VOCÊ É UM ESTRANHO NO HABITAT DO PINGÜIM MAGALHANICO, PORTANTO:

NÃO GRITE OU CORRA

NÃO SAIA DA TRILHA

NÃO ALIMENTE OS PINGÜINS

NÃO ENTRE COM OUTROS ANIMAIS

NÃO FUME, BEBA OU COMA NA RESERVA

NÃO USE FLASH

E LEMBRE-SE QUE CASO ALGUNS PINGUIN CRUZE SEU CAMINHO(E CRUZARÃO) A PRIORIDADE DE PASSAGEM É DELE.



Um pinguim adulto mede uns 50 centímetros e pesa uns 5 kg.

A plumagem é  uma espécie de pena branca no peito, com as costas preta e um tipo de colar duplo branco e preto.

O contato com os pingüins é direto e é maravilhoso descobrir o quanto são amigáveis, sempre que não são incomodados.



As melhores época para ir a Punta Tombo é em novembro e dezembro quando os filhotes estão nascendo e há muitas gaivotas.

Em janeiro/fevereiro eles saem dos ninhos, vão para o mar e mudam as penas.

Entre março e abril coçam a imigração para o Norte.

Em maio,junho,julho e agosto não se pode apreciar os pinguins porque ficam constantemente no mar se alimentando.

No final de agosto e setembro se acasalam e em outubro é a época da incubação dos ovos, que duram de 30 a 40 dias.










sábado, 26 de dezembro de 2009

Puerto Madryn

Puerto Madryn é a porta de entrada à Península Valdés, um santuário ecológico no sul do Atlântico.

Foi fundada em 1865 com a chegada de galeses que saíram da Grã-Bretanha fugindo das imposições e restrições feitas pela coroa inglesa ao País de Gales.

O nome da cidade é uma homenagem ao galês Loves Jones Parry, o Barão de Madryn, originário da terra natal dos fundadores de Puerto Madryn.

Antes de chegar a Puerto Madryn, tem a entrada para a Península Valdez, mas como este passeio requer , no mínimo um dia interio, fomos direto para Puerto encontrar alojamento.

Península Valdez fica a cerca de 100 km de Puerto Madryn.

Ficamos no Hotel Carrerra(180 pesos) e saimos para conhecer a cidade.

Cidade com ares de cidade litorânea européia, muito limpa, com belas casas, vários barzinhos à beira-mar e ponto para a avistagem de baleias, que de agosto até novembro vão lá para terem seus filhotes.

puerto madryn

A cidade de Puerto Madryn, além do importante porto, é o principal ponto de partida na província argentina de Chubut para a Patagônia norte, de onde a maior parte dos tours saem para visitar a Península Valdés

Há saída para os passeios todos os dias, mesmo em baixa temporada.

O número mínimo de passageiros por tour é geralmente quatro pessoas, mas as  agências se comunicam entre si, para juntar seus clientes, viabilizando, assim, saídas diárias.

Após o passeio pela cidade, fomos ao Ecocentro.



O Ecocentro é um pequeno museu do mar, muito caprichado e simpático, localizado no topo de um penhasco no final da praia de Puerto Madryn.

Há ônibus que fazem o traslado até o Ecocentro de graça para os turistas, saindo do escritório de informações turísticas da cidade na beira-mar.

O Ecocentro -  http://www.ecocentro.org.ar/-  se dedica a explicar um pouco da biologia e dinâmica das espécies marinhas que moram e/ou visitam a Península Valdés e adjacências.

Como estávamos de carro, fizemos tudo sozinhos mesmo.

A localização privilegiada do Ecocentro permite boas horas de distração e relaxamento, olhando para infinito.



O ingresso é meio salgado( não me lembro agora quanto foi) e fica aberto dás 10 ás 19 horas , todos os dias.

Para chegar até lá é facil, é só ir pela avenida Alte. Brown a beira-mar, passando pelo monumento ao Indio Tehuelche e virar a primeira rua a direita.



A Patagônia é uma grande planície de vegetação rasteira, um estepe e o  o relevo plano continua embaixo d'água, mantendo a profundidade máxima de 100m até as Malvinas, a 500 km da costa - e essa é a principal razão hoje pela qual a Argentina reclama na ONU as Malvinas para si: ela é a continuação de sua plataforma continental pouquíssimamente inclinada; onde a plataforma finalmente termina.



É a maior planície submarina do hemisfério sul do planeta, e muito rasa para tamanha distância da costa.

O Ecocentro é dedicado à informação sobre as espécies da região, principalmente as  ameaçadas de extinção, como baleias e pinguins.

Você vai ouvir (e entender a diferença de frequência) entre o canto de uma jubarte, uma baleia franca e uma orca.



Vai se surpreender com o incrível ciclo de reloginho dos pinguins de Magalhães, que todo ano saem e voltam na mesma época para a Patagônia.

Vai sentir levemente como é se alimentar de krill, ao visitar a sala da baleia franca, que possui uma cortina de cordas na entrada que simula as cerdas filtradoras da boca da baleia.

É lúdico e interessante você ter que ser "engolido" pela baleia para aprender sobre ela.

Há ainda uma grande parte da exposição dedicada à conservação dos mares e da fauna marinha da Patagônia.

Quadros ilustrativos da "cidade" pesqueira que existe em plena zona de convergência das 2 correntes marinhas que ali se encontram, a das Malvinas (fria) e a do Brasil (quente), que se movimentam à velocidade de 20 cm/seg, movimentando cerca de 70 bilhões de litros de água do mar por segundo na altura da Península Valdés e trazendo próximo da superfície cerca de 80 espécies diferentes de zooplâncton crustáceo.

Tanta riqueza de krill obviamente atrai animais maiores, o que faz a festa da indústria pesqeira.

Embora seja proibido pescar na região da Península Valdés, a pesca é liberada em mar aberto, e o resultado é essa cidade iluminada, um símbolo da predação humana exagerada.(fonte: Dra. Lucia Malla)



A entrada para a sala da baleia franca simula as cerdas filtradoras do animal, e faz você literalmente ser "engolido" para o aprendizado sobre o bicho.

Ao lado, tem uma foto de satélite tirada à noite do mar da Patagônia mostrando a intensa atividade pesqueira na área de convergência das correntes marinhas, onde os nutrientes se acumulam.

A seta vermelha indica as ilhas Malvinas, mas todo o branco que aparece logo acima em mar aberto são as luzes dos barcos pesqueiros na região - é mais intenso do que a cidade de Puerto Madryn toda!

Tem também uma cafeteria  que fica num local privilegiado do prédio, com vista para o mar pacatíssimo do Golfo Nuevo.

Serve-se um bolo galês fantástico ali, e se você não for visitar Gaiman, a cidade galesa a 100km de Puerto Madryn, essa é sua oportunidade para apreciar a iguaria típica. Depois de curtir o café, o bolo e a vista, você pode dar uma caminhada até a borda do penhasco, e descansar sentindo o vento forte que bate por ali e apreciando o mar azul.(fonte: Dra. Lucia Malla)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A Arte de Ser Feliz



"Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.

Outras vezes encontro nuvens espessas.

Avisto crianças que vão para a escola.

Pardais que pulam pelo muro.




Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.

Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.

Marimbondos: que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.

Às vezes, um galo canta.

Às vezes, um avião passa.

Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.

E eu me sinto completamente feliz.


Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela,





uns dizem que essas coisas não existem,

outros que só existem diante das minhas janelas,

e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las ver assim."
(Cecília Meireles – “Arte de ser feliz”)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Rumo a Patagônia



Buenos Aires merece vários posts, pois é uma cidade para ser descoberta aos poucos, devagar, do jeito argentino.

Álias o argentino tem um jeito de viver todo dele, para eles parece que  o tempo não passa como para os brasileiros (digo paulistas).

Eles tem a calma do povo baiano.

Nos restaurantes e cafés, não adianta você ter pressa, pois eles tem um ritmo próprio e se  não acompanharmos, adivinha quem ficará  estressado?



Os argentinos, principalmente o portenho passam horas  sentandos com um cafezinho e um livro, para quem observa parece que estão todos de férias .



Mas, quando entram em um veículo, eles mudam, se transformam.

Tornam competitivos, impacientes, buzinam por qualquer coisa e por tudo.

Fecham cruzamentos, não dão passagem, são agressivos.

No futebol a gente já conhecia  este tipo de comportamento, porém  no transito isto foi uma supresa.

Mas nem isto tira o charme de Buenos Aires...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Montevideo, um lugar seguro para viver

Com cerca de 1.400.000 habitantes, Montevideo é uma cidade calma, moderna, com jeito europeu, situada no estuário do Rio de La Plata.

Sua fundação data de 1726/1730.

Eleita a capital administrativa do Mercosul, foi declarada como uma das mais seguras capitais do mundo.



Na parte velha da cidade, em suas construções coloniais, encontram-se museus, galerias de arte e antiquários.

Na principal avenida, a 18 de Julho, estão localizados a maior parte dos hotéis, bares e restaurantes.

Muito verde, com praças bem cuidadas  e uma brisa constante.



A Av. 18 de Julio é o grande centro de comércio da cidade, com livrarias, lojas de roupas e discos, feiras de artesanato e aos domingos  tem várias  apresentações de musicas, teatro e danças .

Para os amantes dos livros, a rede Papacito têm diversas lojas nas quais é possível encontrar obras clássicas, mapas e sebo a bons preços.



Os detalhes dos prédios são impressionantes.



No Mercado del Puerto há vendedores de postais, camisetas e artesanato  e na Plaza Independencia há algumas lojas de artesanatos em couro, madeira e roupas de couro e lã  e n Mercado de los Artesanos, na Plaza Cagancha, feirinha hippie,  tem de tudo um pouco.

No mercado há vários restaurantes, mas pareceu comida para turista e por isso resolvemos não comer por lá.

Montevidéo é uma cidade de fácil de se andar.

O bairro de los Pocitos, é a rambla montevideana que percorre toda a costa em um magnífico panorama .

A Puerta de La Ciudadela, antiga porta da época colonial, quando a cidade era cercada por uma muralha, marca o começo da Ciudad Viela, zona que preserva a maior riqueza histórica de Montevidéu. Pertinho dali, na C. Buenos Aires 678, fica o Teatro Solís, o principal do país, inaugurado em 1856 e onde já se apresentaram grandes nomes do teatro mundial.

Os uruguaios são muito educados e a  tranquilos, parece que a violência , ainda não chegou lá.

Você pede um cafezinho e recebe tudo isto.



E ainda por cima, els tem o Chivito e a Patricia....