sábado, 10 de julho de 2010

PORTUGUÊS DE PORTUGAL

Graças às novela da Globo e atualmente da Record(me  pareceu que lá a audiência da Record é enorme!) eles compreendem melhor o linguajar dos brasileiros que nós conseguimos entendê-los.

Não que seja difícil, mas quando falam depressa... aí é impossível.

Pequeno dicionário para entender o português de Portugal:-



alcatrão: asfalto, piche

almofadas: travesseiro

autocarro: ônibus

aceder : acessar uma página na Internet

MONTRA EM EXECUÇÃO


adepto : torcedor de um time de futebol

albufeira: represa

alforreca: agua-viva

atacadores: cadarço

bica: cafezinho

bicha: fila

bromas: acostamento de estradas

cacete: Pão Francês

canalha: grupo de crianças

cueca: calcinha feminina

comboio: trem

durex: camisinha

ementa: cardápio

Está lá?: Alô?

giro: bonito

telemóvel : celular

montra: vitrine

rato: mouse

portátil: notebook

passadeira: faixa de pedestre

peão: pedestre

passeio: calçada

rotunda : balão ou rótula de trânsito.

paneleiro: homossexual

puto: menino pequeno (mas uma puta NÃO é uma menina pequena, lembre-se!)

penso higiênico: Absorvente feminino

penso rápido: Band-aid,

portagem: pedágio

pica: Injeção

peão: pedestre

propina: Impostos,

pastelaria: confeitaria

pastel: doce.





Mas mesmo assim ainda a gente se assusta quando lê  nos banheiros :

Não esqueça de carregar no autoclismo da retrete:- Não esqueça de dar DESCARGA.

LISBOA :- táxi, ônibus, metrô

lisboa

Lisboa  foi uma surpresa! Tão linda, acolhedora, com ares de cidade do interior.

Nos apaixonamos por Lisboa e pelos portugueses.

Ficamos 3 dias em Lisboa.

Fomos de taxi do aeroporto para o Hotel Eduardo VII que fica na Avenida da Liberdade, perto da Praça do Marquês de Pombal, o lugar é bom, perto  da estação de metrô e ponto de ônibus, porém o  quarto do hotel era minúsculo.

Tem também um  onibus que vai do aeroporto para o centro de Lisboa.

É o Aerobus 91 que vai até o Cais do Sodré.

No percurso ele para nos principais pontos da cidade, nos quais costumam hospedar-se os turistas.

Pergunte ao motorista   se no percurso o ônibus passa perto do seu hotel.

O bilhete custa 3,50€ e vale para um dia de viagem em todos os ônibus da cidade, não vale para o metrô.



O aeroporto de Lisboa não está muito longe do centro da cidade.



Atenção: Para quem pretende utilizar o ônibus turístico – Discover Lisbon – aquele que para em todos os atrativos e que você pode descer e voltar a subir, a dica é guardar o bilhete do 91, porque ele te dá 25% de desconto na tarifa.

O 91 passa na frente da saída do Terminal 1 do aeroporto, é bem fácil. A frequência é de 20 em 20 minutos.

O metrô funciona das 06:30 às 01:00.    O bilhete custa € 0,75

Os táxis lá têm 4 tarifas diferentes, representadas pelos números "1" a "4".

A 1 e 3 são as diurna e noturna, respectivamente, e valem para quando se for rodar dentro do Concelho de Lisboa.

A "2" e "4" valem pra fora do concelho. A tarifa noturna é aplicável das 22:00 às 06:00 do dia seguinte.














Para ir de táxi do aeroporto até o centro, a tarifa vai de 15 a 18 euros.

Havia lido que eles cobravam por mala aproximadamente 1,60€, mas pagamos 15 euros com 2 malas  .

Logo que chegamos, deixamos as malas no hotel  e fomo para o Shopping Vasco da Gama Colombo que fica em frente ao estádio do Benfica.

Comparados ao Brasil  o preços estavam ótimos.

Roupas na Zara saem por menos da metade das daqui . Tem várias lojas com preços baratos  como  a H&M e Mango.

Fomos no Free Alcochete(quando voltamos de Évora) e não achei que os preços estavam melhores que do Vasco da Gama, tinha apenas mais oferta de produtos.

castelo de sao jorge

Avenida Fontes Pereira de Melo



Avenida Fontes Pereira de Melo

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Alzheimer, pelo paciente




Médico americano conta o processo de desenvolvimento da doença, dos sintomas ao diagnóstico, e como sua rotina mudou.



Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer.

Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.

Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76.

Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações.

Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.

Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais.

Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar.

O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.

Minha mulher insistiu para eu consultar um médico.

Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão.

Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite.

Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda.

Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.

Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal.

Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.

Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide.

A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.

No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.

Mas há muitas coisas que aprendemos.

A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória:

  • Tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.



  • Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva.



  • Leia livros.



  • Faça caminhadas.



  • Dedique-se ao desenho e à pintura.



  • Pratique jardinagem.



  • Faça quebra-cabeças e jogos.



  • Experimente coisas novas.



  • Organize o seu dia.



  • Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.



  • Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.


A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85.

A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.

Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer.

Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação.

Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos.

Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.

ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA

Fonte: Jornal Estado de São Paulo 03/07/2010