terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Leões marinhos

Os leões marinhos vivem restritamente no hemisfério sul do planeta, na costa da Argentina, do Chile e do Peru,

além das ilhas Falklands e na ilha dos Lobos, no litoral gaúcho.



Os machos exibem uma cabeleira dourada na cabeça quando estão secos, não tão vistosa quanto a dos leões africanos, mas igualmente atraente para as fêmeas do bando – que também têm a cabeleira, apenas mais rala que a dos machos.

Os leões marinhos machos pesam em média 300 kg, o dobro das fêmeas, e mantém haréns, com várias fêmeas para cada macho.

Haréns que são  bem barulhentos, podendo ouvir de longe os gritos e urros dos leões marinhos, que se comunicam  para garantir seu território e suas fêmeas.



As mães também urram para alertar os filhotes dos perigos e os filhotes urram de volta para indicar que ouviram o chamado materno; então, no somatório de machos, fêmeas e filhotes, é uma urraria só e é essa barulheira que torna mais fácil identificar que você está numa Lobería.

Nesses locais, os leões marinhos se agregam – e pode ser na areia, em rochas ou penhascos, nas piscinas de maré e até mesmo em praias de cascalho ou pedrinhas.

Da praia, só saem para pescar seu alimento: anchovas, crustáceos, polvos, lulas e até pingüins, de preferência em áreas onde o fundo do mar é recheado de algas.

leoa marinho e filhote

Nos primeiros meses de vida, as mães saem por 3 dias para pescar e ao voltar, amamentam o filhote por 2 dias, e esse ciclo continua por 2 meses, quando os filhotes já aprenderam a nadar e dão suas primeiras investidas na água.

Demorará pouco para que os leões marinhos jovens consigam se equiparar aos mais experientes do grupo, que chegam a mergulhar até incríveis 300 metros de profundidade atrás de sua comida.

Haja fôlego e adaptação para um mamífero que vive na terra (e respira com pulmões!) agüentar tamanha pressão e tempo debaixo d’água.



Apesar da população pequena que vive na América do Sul (cerca de 230.000 indivíduos), os leões marinhos do sul não são considerados ameaçados de extinção.

Foram no passado alvo de predação humana intensa, por causa da quantidade de gordura extraída deles.



Mas hoje a maior ameaça que enfrentam é a perda de seu habitat e de sua comida, pela ação da pesca excessiva e do desenvolvimento das zonas costeiras.

Por isso, saber que boa parte das Loberías argentinas são áreas de proteção ambiental é uma boa notícia: garante que mais pessoas terão a chance de mergulhar e interagir com os leões marinhos no futuro, pois eles estão devidamente salvaguardados desde já.

(fonte: Dra. Lucia Malla)

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